SECA EXTREMA REFLETIDA NOS JARDINS

Este ano de seca extrema acompanhado de temperaturas elevadas e ventos consistentes, é o “cocktail” perfeito para anomalias biológicas nas nossas plantas e coberturas.

No que concerne ás temperaturas registadas e capacidade de campo, água no solo, o extremo superior dos intervalos de tolerância é atingido e as espécies “ornamentais” do nosso jardim, limitam ou cessam o seu desenvolvimento como forma de proteção.

O vento pro sua vez “acelera” a evapotranspiração, aumento a dificuldade das plantas em obter, utilizar e guardar a água nas suas células.

Nas árvores, tal faz-se sentir de forma visível com a precoce e abundante queda da folha, criando desta forma a planta uma defesa, através da redução da superfície de evapotranspiração.

Nas arbustivas, além da forma prostrada e da queda da folha, também a floração e frutificação é afetada, concentrando-se a planta nas suas funções vitais de sobrevivência, podendo mesmo ocorrer seca parcial de ramos.
Nas coberturas de relva, grama e prados, a lei da sobrevivência faz-se sentir. Estas desagradáveis e limitativas condições de desenvolvimento, potenciam a competitividade natural e consequente proliferação das infestantes melhor adaptadas.

A forma mais simples de minimizar tal situação, passa por manter a água no solo em níveis aceitáveis, e usar a rega como meio de reduzir a temperatura ao nível das coberturas, contudo a falta e as restrições ao uso de água que já se fazem sentir são um fator a ter em conta.

Devidamente ponderada, a realização de uma rega de tempo superior uma vez por semana, pode ajudar a repor os níveis de água no solo, facilitando a absorção e aproveitamento por parte das plantas.

A redução da temperatura nas coberturas, pode passar pela realização de regas curtas e com maior frequência.

A consciência ecológica e a gestão racional da água são uma obrigação de todos, pelo que devemos ser objetivos e práticos na nossa avaliação e utilização.
Aproveitem a terra…