
Os resíduos vegetais em pequena escala têm vindo a apresentar-se como um problema de difícil resolução para particulares e autarquias.
Tornam-se cada vez mais comuns as pilhas de relva e restos de podas junto aos contentores, criando um aspeto de sujidade e desmazelo, com as autarquias sem capacidade de resposta imediata.
A verdade é que estamos a falar de matéria orgânica que pode ser valorizada e útil, contudo a falta de soluções e de pontos de recolha origina dificuldades.
O ideal será podermos tratar, valorizar e aproveitar os resíduos do nosso jardim. O problema principal dos resíduos é o “volume”, a falta de espaço para a criação de um espaço de tratamento é uma realidade para a maioria dos jardins.
A compostagem apresenta-se como o mais simples e eficiente processo, exigindo a criação de caixas para deposição dos resíduos, onde temos de garantir ventilação e humidade, que permita a atuação eficiente dos agentes bióticos.
A colocação de vários tipos de resíduos leva a tempos de decomposição diferentes, sendo os resíduos arbustivos os de maior morosidade, podendo assim justificar-se a criação de espaços distintos para resíduos herbáceos e lenhosos.
Uma forma de redução de volume e consequente aceleração do processo de decomposição, passa redução do tamanho dos resíduos através de processos de trituração.
Nos resíduos lenhosos essa trituração passa pela utilização de trituradores, que produzem estilha, material esse que pode posteriormente ser colocado nas pilhas de compostagem ou até mesmo utilizado como cobertura ornamental em canteiros, floreiras e vasos.
No que concerne a coberturas de relva, grama ou prados, o mulching apresenta-se como uma solução viável, rentável e ambientalmente sustentável, a aplicar em determinados períodos do ano.
Este processo, não é mais que o corte e recorte sistemático do material vegetal, através de um sistema de lâminas especifico, que permite a criação de pequenas porções, praticamente impercetíveis, que são projetadas para o solo, libertando de imediato a água retida e a médio prazo de nutrientes essenciais para a cobertura.
A eficiência do mulching, depende de vários fatores, sendo os principais o equipamento, a altura da cobertura e o seu estado de humidade. Quanto menor for a quantidade de corte e estado seco da cobertura, melhor será a qualidade do processo.
Extremamente usual nos países nórdicos, este processo vai ganhando adeptos no nosso país através de equipamento mais eficientes e adaptados, que permitem um serviço mais rápido, sem resíduos e com qualidade aceitável.
Mais uma solução para um jardim que se quer prático e sustentável.
Aproveitem a terra…