Em janeiro do corrente ano, nos ditos “artigos técnicos”, referia a forma como as alterações climáticas se refletem e condicionam / alteram os comportamentos das plantas.
Este outono que estamos a viver, praticamente sem chuva e temperaturas altas, ainda veio acentuar mais estas constatações e atrasar a queda da folha nas espécies caducas.
Exemplo disso é a Magnolia soulangeana que já começa a iniciar a sua floração, mantendo ainda grande parte das folhas, o Liquidamber que teima em manter a folha em tons vermelhos, a Bouganvillea que contínua a florir e as pragas de alguns insetos que teimam em perdurar causando prejuízos extras.
Todos estes sinais, obrigam-nos a assumir que nada será como antes e que teremos de nos adaptar a esta nova realidade.
Estes últimos seis meses foram intensos, entre fogos florestais descontrolados e uma seca extrema, começamos a sofrer as consequências de décadas de politicas ambientais catastróficas, ignorando todos os alertas transmitidos.
A agricultura hoje em dia caminha em parceria com a ecologia, percebendo que o respeito ambiental é decisivo para um processo produtivo sustentável, e por incrível que parece a economia terá de fazer o mesmo.
Estes fenómenos climatéricos extremos terão a nível politico e económico consequências gravíssimas, obrigando a decisões globais e concertadas.
No meio de tanta coisa negativa, somos obrigados a “rebuscar” algo positivo e não há duvida que podemos encontrar, a nossa sensibilidade e instinto de sobrevivência vai por certo ajudar-nos a voltar a valorizar a coisas simples e transmitir a sua importância ás gerações futuras.
Aproveitem a terra…
