COBERTURAS – PREPARAR PARA O FRIO – FERTILIZAÇÃO

Os dias começam a ficar mais curtos e apesar de ainda quentes as amplitudes térmicas começam a ser maiores, com noites e madrugadas a atingir temperaturas já a rondar os 10-12ºC.

Tudo isto anuncia a chegada do outono e a consequente baixa das temperaturas médias, que associada à redução do fotoperiodismo, leva a uma diminuição do crescimento vegetal.

As plantas são eximias na leitura destes indicadores, começando antecipadamente a recorrer a mecanismos de adaptação e reorganização que permitam ultrapassar com sucesso mais uma fase do seu desenvolvimento vegetativo.
Cabe-nos a nós respeitar tais ciclos e, dentro do possível, auxiliar a nossas plantas a ganhar vantagens competitivas que as tornem mais resistentes, saudáveis e viçosas, por forma a potenciar os atributos que nos levaram a coloca-las nos nossos espaços ajardinados.

No que concerne ás coberturas, esta será uma boa altura para auxiliar sobretudo ao nível do aumento do sistema radicular e resistência das paredes celulares. Aqui a fertilização é a melhor forma de “interceder”, com aposta clara nos macronutrientes de fosforo (P) e potássio (k), em prol do azoto (N), que tão importante foi no período da primavera / verão.

Interessa assim aplicar um fertilizante, e aqui salientamos o químico pela facilidade de quantificação das unidades de fertilização, em detrimento dos orgânicos onde esta quantificação não é tão precisa, não esquecendo os micronutrientes essenciais para a planta se bem que em quantidades menores.
Ao escolher o fertilizante a aplicar e o seu equilíbrio (N-P-K + micronutrientes), à que ter em conta os fatores como o tamanho do grão (6-12mm), a origem do nutriente que irá influenciar na sua capacidade de solubilidade, a tecnologia de libertação, devendo optar sempre que possível por adubos de libertação controlada, por forma a aumentar a sua longevidade de atuação.

As quantidades a aplicar m2, variam mediante as caraterísticas acima referidas, mas por norma rondam as 25 – 35 gr / m2, não sendo fácil a distribuição precisa, quando aplicado manualmente e em especial em espaços pouco geométricos. Aqui o uso de linhas de referencia poderá ser um bom meio de calibrar.
A mistura combinada de adubos químicos e orgânicos, poderá ser uma boa solução, por forma a aumentar o período de atuação e até facilitar a sua distribuição homogénea na área de cobertura.

Vamos preparar o inverno, porque o jardim é para utilizar o ano todo.
Aproveitem a terra…